sábado, 23 de junho de 2012

YEWÁ - Ewá - Iyewa - Orixá do Candomble (Inocência)



EWÁ
Muito pouco se sabe sobre o orixá Ewá. Ela também é filha de Nanã, e é vista como horizonte, o encontro do céu com a terra, do céu com o mar. Ewá representa ainda outros horizontes, com a interface onde se tocam a vida e a morte, o dia e a noite, e outros. Assim, todas as transformações, mudanças e adaptações são regidas por ela.
Ewá é virgem, bela e iluminada. Apesar desta beleza e do assédio dos orixás masculinos, nunca quis se casar, sendo uma moça quieta e isolada, voltada para o conhecimento dos segredos das transformações.
Nanã, preocupada com sua filha, pediu a Orunmilá que lhe arranjasse um amor, um casamento, mas Ewá desejava viver sozinha, dedicada à sua tarefa de fazer cair a noite no horizonte, puxando o sol com seu arpão. Pediu ajuda ao seu irmão Oxumarê, o arco-íris, que a escondeu no lugar onde ele se acaba, por trás do horizonte, e Nanã não mais pode alcança-la. Assim, os dois irmãos passaram a viver juntos, para sempre inatingíveis. Ambos regem o inatingível e Ewá também é compreendida como a energia que torna possível o abandono do corpo e a entrada do espírito numa nova dimensão.

No Brasil, poucos candomblés cultuam Ewá,pois dizem que o conhecimento sobre as folhas necessárias ao seu culto foiperdido durante o processo de aculturação dos africanos escravos.

Dia da semana: segunda-feira
Cores: verde-mar e rosa (o tom do rosa é o do cair da tarde).
Símbolo: Arpão com uma serpente enrolada, por sua ligação com Oxumarê.
Comida: batata doce
Saudação: Rirró!

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